Crise na Arbitragem Brasileira: Falta de Critérios e Gestão Coloca em Xeque a Integridade do Brasileirão

A recente rodada do Campeonato Brasileiro revelou um problema persistente que muitos torcedores e especialistas já haviam identificado: a gestão da arbitragem no país apresenta sérias falhas. O árbitro Ramon Abatti, que recebeu inúmeras críticas após sua atuação no jogo entre Flamengo e Cruzeiro, foi rapidamente escalado novamente para apitar o clássico entre Palmeiras e São Paulo, conhecido como Choque-Rei. Essa decisão resultou em seu afastamento após mais controvérsias.

Outro episódio que chamou atenção foi a penalidade controversa marcada no jogo do Grêmio, que gerou uma onda de descontentamento. Lucas Casagrande, responsável pelo VAR naquela partida, também enfrentou sanções em decorrência das críticas. O que se destaca, no entanto, é que a questão vai além de erros isolados; trata-se de um padrão que se repete continuamente.

A Comissão de Arbitragem parece fixar seus olhos nas mesmas figuras, sem um critério claro de avaliação de desempenho, controle de carga ou qualquer justificativa pública para suas escolhas. Se houvesse um sistema robusto de análise, um árbitro como Abatti não teria sido escalado para um jogo de grande importância logo após uma apresentação contestada. A situação não é da ordem do acaso, mas sim fruto de uma gestão que carece de rigor e planejamento.

A discussão sobre a profissionalização dos árbitros frequentemente surge como uma solução, mas a verdade é que muitos já operam em um nível profissional. Eles passam por treinamentos rigorosos, realizam deslocamentos frequentes e enfrentam a pressão constante que a função exige. O que realmente falta não é estrutura, mas sim um conjunto de critérios objetivos para a escolha e avaliação dos árbitros.

Sem transparência nas escalas, um ranking que valide o desempenho e penalizações adequadas para quem falha, a ideia de modernização na arbitragem se torna apenas uma fachada. É importante lembrar que, embora o erro humano seja esperado, a recusa do sistema em evoluir é uma questão muito mais séria que precisa ser abordada. A arbitragem, em última análise, reflete a saúde de toda a competição, e mudanças urgentes são necessárias para restaurar a confiança dos torcedores.

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