Segundo relatos, as gangues têm queimado casas, matado vizinhos, ocupado prédios governamentais, escolas e igrejas. Muitas áreas estão sem água corrente, banheiros ou coleta de lixo, deixando a população vulnerável e sem condições básicas de sobrevivência. A situação é especialmente grave para crianças desacompanhadas, órfãos e outros separados de suas famílias durante o caos generalizado.
O êxodo em massa de mais de 360 mil pessoas nos últimos meses é alarmante, com a perspectiva de que esse número ultrapasse os 400 mil nas próximas semanas. Com a temporada de furacões se aproximando, a preocupação com a falta de infraestrutura adequada para lidar com as multidões vivendo em abrigos improvisados é urgente.
Organizações humanitárias estão lutando para responder à crise, mas o financiamento está muito aquém do necessário. A arrecadação de fundos internacional tem sido insuficiente, e a competição por recursos é intensa, com crises em todo o mundo exigindo atenção e assistência imediata.
A violência das gangues no Haiti tem se intensificado nos últimos anos, resultando em um aumento significativo no número de mortos e feridos. A renúncia do primeiro-ministro e a falta de estabilidade política no país agravam ainda mais a situação, tornando a violência generalizada um risco social permanente.
Enquanto as organizações humanitárias buscam alternativas para ajudar a população deslocada, a falta de infraestrutura, recursos e segurança torna a tarefa ainda mais desafiadora. O Haiti enfrenta uma crise humanitária sem precedentes, com milhares de pessoas lutando para sobreviver em meio ao caos e à violência das gangues.
