Crise em Israel: Partido Ultraortodoxo Judaísmo Unido da Torá Deixa Governo de Netanyahu em Protesto Contra Recrutamento de Estudantes da Yeshivá



Na última segunda-feira, o partido ultraortodoxo Judaísmo Unido da Torá (UTJ) tomou uma decisão significativa ao deixar a coalizão do governo liderada pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Esta ação reflete uma disputa em curso relacionada ao recrutamento de estudantes da yeshivá, uma instituição educacional judaica dedicada ao estudo de textos rabínicos.

A ala Degel Hatorah do UTJ foi a primeira a formalizar sua saída, com seu porta-voz, Dov Lando, anunciando que, seguindo as diretrizes do rabino responsável, os membros do Knesset vinculados a essa ala deixariam o governo. Lando sustentou que o governo de Netanyahu tem frustrado os esforços para garantir melhorias nas condições de vida dos estudantes da Torá, alegando que não cumpriu sua obrigação de regularizar o status legal desses estudantes.

Em comunicado posterior, a delegação da Knesset deixou claro que a decisão de renunciar se baseava em repetidas violações por parte do governo em relação aos compromissos assumidos em relação ao bem-estar dos estudantes da yeshivá. Os membros do partido afirmaram que a participação na coalizão deveria ser encerrada imediatamente, incluindo a renúncia a todos os cargos ocupados.

O ministro de Assuntos de Jerusalém, Meir Porush, destacou que a decisão de se afastar do governo foi motivada pelo exame de um novo projeto de lei sobre recrutamento Haredi, que, segundo ele, não atendia às demandas do partido nem dos seus líderes espirituais. Entre os membros que deixaram o governo estão figuras influentes, como Moshe Gafni, presidente do Comitê de Finanças do Knesset, e Uri Maklev, vice-ministro dos Transportes.

As renúncias, que entrarão em vigor em 48 horas, abrem uma janela para que Netanyahu tente persuadi-los a permanecer na coalizão, almejando assim evitar uma possível instabilidade política em um momento delicado para seu governo. A saída do UTJ, um apoio crucial em uma coalizão já tenuemente mantida, pode ter repercussões significativas para a governabilidade de Netanyahu nas próximas semanas.

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