Segundo o CPJ, a maioria das vítimas (24) era da Palestina, mas também houve jornalistas israelenses e libaneses entre os mortos. O órgão também denunciou casos de assédio, detenções e outras obstruções à reportagem em áreas como a Cisjordânia e Israel. Essas restrições dificultam a coleta de informações e tornam a compreensão do conflito ainda mais limitada.
As Forças Armadas de Israel afirmaram que não podem garantir a segurança dos jornalistas em Gaza devido ao fato de o Hamas ter “deliberadamente posicionado operações militares próximas a jornalistas e civis”. Até o momento, o Hamas não respondeu a essas alegações.
A situação é extremamente preocupante para as agências de notícias Reuters e AFP, que têm jornalistas em campo cobrindo o conflito. A Reuters afirmou em comunicado que a relutância das Forças Armadas de Israel em garantir a segurança de seus profissionais ameaça sua capacidade de transmitir notícias sobre o conflito. Da mesma forma, a AFP alertou para a condição precária dos jornalistas em Gaza, que estão trabalhando em condições extremamente perigosas.
Além dessas preocupações, o CPJ também destacou relatos de um bloqueio nas comunicações em Gaza. A falta de acesso à internet e às linhas telefônicas dificulta ainda mais a obtenção de informações sobre o conflito e violações de direitos humanos.
Organizações de direitos humanos como a Human Rights Watch e a Anistia Internacional também estão com dificuldades em obter informações sobre violações de direitos humanos e crimes de guerra contra civis palestinos, devido à falta de contato com seus funcionários na região. A ONU também perdeu contato com suas equipes da Unicef e da OMS em Gaza, o que gera preocupações sobre as operações humanitárias e hospitalares.
Enquanto isso, a Assembleia Geral da ONU votou a favor de uma resolução que apela a um cessar-fogo imediato no conflito. No entanto, essa resolução é não vinculativa e não há obrigatoriedade em seguir os pontos acordados.
A escalada do conflito em Gaza levanta sérias preocupações sobre a segurança dos jornalistas e o acesso à informação. É essencial garantir que os profissionais de imprensa possam exercer seu trabalho com segurança e liberdade, para que o público possa ter acesso à informação e entender o que está acontecendo nesse conflito com repercussões no mundo todo.