O Ministério da Defesa da Rússia divulgou um vídeo mostrando a participação de veículos terrestres, aeronaves de combate, helicópteros de ataque e navios de guerra nas manobras, que acontecerão no território russo e bielorrusso, além das águas do Mar Báltico e do Mar de Barents, e estão programadas para continuar até o dia 16 de setembro. A agência de notícias russa Tass reportou que as manobras incluirão testes com mísseis nucleares e sistemas hipersônicos, como o Oreshnik.
A situação alarmou a Polônia, que decidiu elevar seu estado de alerta e fechou a fronteira com Belarus, citando a natureza “agressiva” dos exercícios. Em resposta, o Kremlin insistiu que não representa uma ameaça à Europa, atribuindo as preocupações da UE a “emoções provocadas pela hostilidade contra a Rússia”. Contudo, essas declarações contrastam com a realidade de uma incursão de drones em território polonês, um evento que gerou inquietação na Aliança Atlântica.
Após a invasão de drones, a Polônia acionou a OTAN, que agora está avaliando as medidas a serem tomadas. Embora a aliança militar tenha declarado que não percebia uma ameaça imediata dos exercícios, a situação é tensa. A Alemanha enviou tropas para a Lituânia enquanto a França reforçou sua presença no espaço aéreo polonês com caças de guerra.
Os eventos recentes não apenas intensificam a já complexa relação entre a Rússia e a OTAN, mas também levantam questões sobre a segurança e a vigilância na fronteira leste da aliança. O primeiro-ministro polonês informou que, em sua comunicação com a OTAN, mencionou uma série de violações ao espaço aéreo nacional, indicando que é fundamental uma resposta coordenada e firme diante dessa escalada.