Até o momento, mais de 2,1 milhões de gaúchos foram afetados pelas enchentes, com 532 mil pessoas desalojadas e 81 mil em abrigos. O número de óbitos já chega a 143, além de 131 desaparecidos e 806 feridos. A situação de vulnerabilidade das comunidades tem sido explorada por criminosos, que se aproveitam do momento para cometer atos ilícitos.
No último sábado, a Brigada Militar prendeu quatro homens e um menor de idade por furto em Esteio, situado a 24 quilômetros de Porto Alegre. Os criminosos estavam levando pertences de um estabelecimento em uma área afetada pelas enchentes. Já a Polícia Civil localizou um depósito suspeito de armazenar produtos furtados durante as chuvas na zona norte da capital.
Além disso, relatos de roubo de barcos usados em resgates de desabrigados para saquear residências alagadas têm sido registrados em diversas cidades, como Canoas e Eldorado, na região metropolitana de Porto Alegre, e em Arroio do Meio. A prioridade das autoridades tem sido o resgate e salvamento de vidas, mas o aumento da criminalidade durante o desastre tem demandado ação policial enérgica.
A Força Nacional de Segurança Pública foi acionada para auxiliar no policiamento ostensivo e garantir a segurança dos abrigos para os desabrigados. A presença de equipes de outros estados, como Paraná, Santa Catarina e São Paulo, também tem sido fundamental para reforçar a segurança nas áreas afetadas pelas enchentes. A Polícia Federal está colaborando com as operações para conter a criminalidade e proteger a população nesse momento de crise no Rio Grande do Sul.