Crescimento de Evangélicos no Brasil: Jovens e Mulheres Lideram Mudança Religiosa, Aponta Pesquisa do IBGE

A recente onda de crescimento do número de evangélicos no Brasil tem despertado interesse e análises no cenário religioso do país. A pastora Cássia Antunes, que se dedica à caridade em Itaboraí, na região metropolitana do Rio de Janeiro, ilustra bem essa transformação. Com um histórico de superação, Cássia se afastou do espiritismo após vivenciar uma depressão e encontrou um novo propósito na Assembleia de Deus, onde passou a ajudar casais e famílias em crise por meio de orações e orientação espiritual.

De acordo com dados do Censo Demográfico de 2022, o Brasil viu a participação evangélica crescer de 21,6% para 26,9% da população. Este crescimento é notável especialmente entre jovens e mulheres. Entre os adolescentes de 10 a 14 anos, 31,6% se identificam como evangélicos, refletindo uma atração pela religião impulsionada por estratégias voltadas ao interesse juvenil, como a adaptação das liturgias e teologias.

A socióloga Christina Vital, especialista no tema, destaca que as igrejas evangélicas oferecem uma alternativa atrativa para os jovens, propondo uma estrutura de apoio e uma perspectiva de vida em um momento crítico. Esses jovens, muitas vezes críticos em relação ao Estado, encontram nas instituições religiosas um espaço de acolhimento e esperança.

Adicionalmente, o censo revelou que 55,4% dos evangélicos são mulheres, um índice superior à média nacional feminina. As pastoras e líderes religiosas, como Nilza Valéria, reforçam que a presença delas em posições de liderança é natural e valorizada, ao contrário do que muitas vezes ocorre em outras esferas sociais.

Entretanto, mesmo com esse crescimento, as projeções para o número de evangélicos no país não se concretizaram como esperado, mantendo o Brasil na condição de uma nação majoritariamente católica, com 56,7% da população se identificando com essa fé. Essa surpresa se deve à redução gradual da proporção de católicos nos últimos anos, que agora é mais visível entre as faixas etárias mais velhas.

Além disso, observações sobre o crescimento de religiões de matriz afro e outras espiritualidades também são relevantes, mostrando um panorama diversificado e dinâmico das crenças no Brasil moderno. A religiosidade, portanto, continua a desempenhar um papel significativo na vida dos brasileiros, refletindo mudanças sociais e culturais em um país em constante transformação.

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