O crescimento das amputações relacionadas à diabetes é um reflexo do aumento da prevalência da doença no país, que já atinge 10,2% da população adulta, de acordo com a pesquisa Vigitel, do Ministério da Saúde. Além disso, a diabetes já é considerada a principal causa de amputações não traumáticas em membros inferiores, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). Essa condição é muitas vezes precedida por úlceras nos pés, conhecidas como “pé diabético”, que podem levar à perda das funções dos nervos dos membros inferiores.
A Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé (ABTPé) informou que aproximadamente 13 milhões de pessoas com diabetes sofrem com o “pé diabético” no Brasil. Esse cenário é ainda mais alarmante quando consideramos as projeções futuras para a diabetes em escala global. De acordo com um estudo publicado na revista científica The Lancet, a estimativa é que a prevalência da diabetes seja mais que dobrada até 2050, atingindo um total de 1,3 bilhão de indivíduos com o diagnóstico, o que equivale a cerca de 13% da população mundial.
Esses números refletem uma situação preocupante que demanda ações urgentes por parte das autoridades de saúde e da sociedade como um todo. A prevenção e o controle da diabetes se tornam ainda mais essenciais diante desse cenário alarmante, a fim de evitar as graves e impactantes consequências da doença, como as amputações que estão cada vez mais frequentes no país. Medidas educativas, campanhas de conscientização e políticas públicas direcionadas ao enfrentamento da diabetes são vitais para frear o avanço desenfreado da doença e suas consequências devastadoras.