A escolha dos integrantes da CPMI na Câmara dos Deputados ainda está em andamento, com o PL se preparando para indicar mais três parlamentares. No entanto, a definição dessa composição está atrelada à escolha do relator para a investigação, um processo que depende diretamente do presidente da Câmara, deputado Hugo Motta. A expectativa em torno dessa escolha é alta, visto que o relator desempenhará um papel crucial na condução dos trabalhos da comissão.
A criação da CPMI surge em resposta a uma pressão considerável da opinião pública. Uma pesquisa realizada pela Quaest revelou que 31% da população brasileira atribui a responsabilidade pelo escândalo de fraudes ao governo Lula. Em contraste, apenas 8% dos entrevistados apontam o governo Bolsonaro como responsável, enquanto 14% atribuem a culpa diretamente ao INSS. Outros 26% dos entrevistados não conseguiram identificar um culpado específico, o que aponta para uma confusão e falta de consenso sobre as origens das fraudes.
Em meio a esse cenário, o presidente Lula se manifestou, reconhecendo o impacto negativo que o escândalo teve sobre a imagem de seu governo. “É normal que, no primeiro momento, as pessoas pensem que foi no governo Lula, porque foi a gente que descobriu. Cabe a nós esclarecer quem são os culpados”, afirmou. Lula também se comprometeu a garantir que o Executivo assumirá a responsabilidade pelos prejuízos causados e que os aposentados afetados serão ressarcidos “o mais rápido possível”, sinalizando uma intenção de transparência e reparação diante da crise.