CPIs em pauta: Ano legislativo na Câmara Municipal de São Paulo começa com vereadores disputando espaço para investigações.



O ano legislativo na Câmara Municipal de São Paulo começou com força total, marcando o início das atividades nesta terça-feira (4/2) com a realização da primeira reunião do Colégio de Líderes. Um dos principais pontos em pauta é a discussão sobre quais Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) serão levadas ao plenário para serem implantadas.

De acordo com o regimento interno da Casa, é necessário que haja, no mínimo, duas CPIs funcionando simultaneamente, sendo que o número máximo permitido é de cinco. Para protocolar um pedido de criação de CPI, são necessárias 19 assinaturas de vereadores. Posteriormente, os líderes das bancadas decidem quais delas serão levadas para aprovação do plenário, exigindo uma aprovação simples de 28 votos para que uma CPI seja de fato criada.

As articulações para a criação de CPIs já estão a todo vapor, com parlamentares de diferentes espectros políticos buscando assegurar seu espaço. Os vereadores Lucas Pavanato (PL) e Amanda Vettorazzo (União) foram os primeiros a protocolar pedidos de abertura, com foco em investigar ocupações de prédios públicos e privados realizadas por movimentos sociais de moradia, consideradas por eles como invasões.

Enquanto Pavanato também propõe investigar ONGs atuantes na região da Cracolândia, os vereadores de esquerda Nabil Bonduki e João Ananias, ambos do PT, buscam coletar assinaturas para CPIs que investiguem a construção de empreendimentos imobiliários subsidiados pela prefeitura sob a justificativa de serem habitações de interesse social.

Além disso, a privatização do serviço funerário da cidade, realizada na gestão anterior de Ricardo Nunes, também está na mira de um pedido de CPI do vereador Dheison (PT). Entre outros temas que podem virar CPI na Câmara Municipal de São Paulo, destaca-se a possível investigação de aumento nas contas de água após a privatização da Sabesp.

Com um cenário político movimentado e diversos temas sensíveis em discussão, a Câmara Municipal de São Paulo promete ser palco de debates acalorados e investigações profundas ao longo do ano legislativo que se inicia.

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