CPI do Roubo aos Aposentados: Júnior do Peixe é Acusado de Fraudes em Gabinete de Hugo Motta na Câmara dos Deputados

Investigação e Conexões Políticas: A Trajetória de Júnior do Peixe no Cenário Paraibano

No coração da política paraibana, o nome de Jerônimo Arlindo, popularmente conhecido como Júnior do Peixe, se destaca em meio a controvérsias e conexões que remontam a governos passados. Antes de se acomodar no gabinete do presidente da Câmara, Hugo Motta, que se recusa a apoiar a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar supostos desvios que afetam aposentados, Júnior do Peixe acumulou uma série de cargos relevantes.

Em 2018, foi nomeado secretário-executivo da Pesca durante o governo de Ricardo Coutinho, do Partido dos Trabalhadores (PT). Essa ação consolidou ainda mais seus laços com a esfera governamental, já que sua relação com as estruturas petistas começou na era da presidência de Dilma Rousseff, quando recebeu uma nomeação para o Ministério da Pesca. Sua trajetória política é marcada por essas conexões, que o ajudaram a manter-se ativo no cenário político, mesmo após a transição de poder entre Coutinho e o atual governador, João Azevedo, do Partido Socialista Brasileiro (PSB).

Entretanto, a Conafer, confederação da qual Júnior do Peixe era diretor, se vê envolvida em graves acusações de fraude documental, com estimativas de um aumento expressivo nas receitas, saltando de R$ 400 mil em 2019 para impressionantes R$ 202 milhões em 2023. Essa situação lança uma sombra sobre suas atividades e sua reputação.

A exoneração de Júnior do Peixe do cargo de secretário-executivo ocorreu em 17 de setembro de 2020, mas apenas um mês depois, ele já estava acomodado no gabinete de Motta. Essa rápida transição indica uma tática de sobrevivência política em um ambiente volátil, onde alianças são frequentemente moldadas.

As questões em torno de sua figura não se limitam apenas à política local. Elas refletem uma dinâmica maior de interações entre interesses políticos e econômicos que permeiam os bastidores das decisões governamentais. A pergunta que se impõe é: até onde vão essas conexões e quais consequências podem surgir no futuro? A investigação sobre o suposto desvio de recursos destinados aos aposentados poderá não apenas trazer à tona a verdade, mas também “desestabilizar” um jogo político já repleto de intrigantes complexidades.

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