O senador Rodrigo Cunha, do Podemos de Alagoas, foi o responsável por propor o requerimento que levou à realização da audiência pública. A CPI tem como principal objetivo investigar a responsabilidade da empresa Braskem em relação aos danos ambientais causados pela sua atividade de extração de sal-gema na região.
Os primeiros sinais do desastre ambiental começaram a surgir em 2018, quando moradores do bairro Pinheiro relataram rachaduras e fissuras em suas propriedades. Desde então, a situação se agravou e a população afetada aumentou significativamente. A CPI, presidida pelo senador Omar Aziz, do PSD do Amazonas, está empenhada em apurar todas as circunstâncias que levaram a essa tragédia ambiental.
Em entrevista ao veículo Estadão, o relator da Comissão, Rogério Carvalho, revelou que o relatório final do inquérito pode sugerir a revisão de acordos firmados entre a Braskem e as autoridades públicas, devido aos danos causados pelo afundamento do solo em Maceió. Essa revisão pode envolver tanto a expansão da área afetada quanto a adequação dos valores pagos em indenizações.
O relatório também deve apontar a necessidade de inclusão de novas áreas atingidas, como o Bom Parto e Flexais. De acordo com Carvalho, a CPI está em fase adiantada de conclusão do trabalho, com a revisão dos acordos e a abrangência dos danos praticamente finalizadas.
Recentemente, a CPI planejou uma visita a Maceió para conhecer de perto os bairros afetados e se reunir com as vítimas da tragédia ambiental, além de autoridades locais. No entanto, a visita foi adiada e está prevista para acontecer no dia 8 de maio. A população aguarda ansiosamente por respostas e soluções que possam remediar os danos causados por essa crise ambiental sem precedentes.