Gustavo Dittmar, infectologista e coordenador da Infectologia do Hospital Albert Sabin, destaca que, apesar da circulação do coronavírus ainda ser notada, a sua relevância em termos de saúde pública já não é a mesma. “O vírus da Covid-19 está longe de ser, em 2025, um problema de saúde pública. Ele nem figura entre os três principais causadores de doenças respiratórias neste momento”, explica o médico. Essa mudança é um reflexo de uma nova fase da pandemia, onde a gestão das doenças respiratórias se redesenha.
Ao observar o atual cenário de saúde, os principais vilões das doenças respiratórias são, atualmente, o vírus sincicial respiratório, o vírus da influenza e o rinovírus. Esses patógenos têm se mostrado mais relevantes em relação a complicações respiratórias e hospitalizações, alertando a comunidade médica sobre a necessidade de atenção redobrada durante os meses mais frios.
A queda na incidência da Covid-19 também abre espaço para discussões importantes sobre medidas de prevenção e tratamento de outras doenças respiratórias que, para muitos, podem ser igualmente perigosas. É crucial que a população esteja ciente das orientações de saúde pública, especialmente em um período onde as infecções respiratórias tendem a aumentar.
Num contexto mais amplo, a gestão da saúde coletiva deverá se adaptar a esta nova realidade, redirecionando esforços e recursos para o combate eficaz das doenças que agora assumem a liderança em complicações respiratórias. Portanto, é vital que a população continue informada e atenta às recomendações de saúde, garantindo assim um inverno mais seguro e saudável para todos.