Corrupção Policial em São Paulo: Conversas Interceptadas pela PF Revelam Ligações com o PCC e Corretor de Imóveis Executado

Uma investigação da Polícia Federal trouxe à tona conversas que revelam os bastidores de corrupção envolvendo policiais civis de São Paulo. Os diálogos interceptados mostram a ligação destes policiais com o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o corretor de imóveis Vinícius Gritzbach, que foi executado a tiros de fuzil em novembro no Aeroporto Internacional de São Paulo.

O jornal Metrópoles teve acesso à transcrição dessas conversas, que envolvem os policiais civis Valdenir Paulo de Almeida, conhecido como Xixo, e Eduardo Lopes Monteiro. Eles discutem como a vitória do candidato Tarcísio de Freitas poderia beneficiá-los indiretamente, além de mencionarem o recebimento de relógios de luxo extorquidos de Gritzbach.

Xixo foi preso juntamente com o policial civil Valmir Pinheiro, apelidado de Bolsonaro, enquanto Monteiro, chefe de investigações, foi detido com outros três policiais, incluindo o delegado Fábio Baena. Todos estão sendo acusados de lavagem de dinheiro e ligação com o crime organizado pelo Gaeco.

Em uma das conversas interceptadas, Eduardo Monteiro marca um encontro com Xixo para se encontrar com o “amigo” Gritzbach. Durante os diálogos, são mencionados relógios de luxo, como Rolex e Hublot, que foram roubados do corretor de imóveis. Monteiro pressiona Xixo para que ele traga os relógios prometidos.

As investigações apontam que Monteiro usava Xixo para obter os relógios de luxo de Gritzbach. Além disso, há relatos de que outros policiais também estavam envolvidos no roubo dos relógios durante um mandado de busca e apreensão em um dos imóveis do corretor.

A PF e o Gaeco estão conduzindo uma investigação mais ampla, que aponta os policiais como membros de uma quadrilha envolvida em crimes graves, como homicídio, lavagem de dinheiro e corrupção. As revelações feitas a partir das conversas interceptadas lançam luz sobre a relação perigosa entre agentes da lei e organizações criminosas, evidenciando a necessidade de combater a corrupção no sistema policial.

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