Corretor executado no Aeroporto de Guarulhos denuncia policiais civis por roubo de sítio e relógios de luxo em São Paulo.



Na cidade de São Paulo, um escândalo envolvendo corrupção policial veio à tona após a delação premiada do corretor de imóveis Vinícius Gritzbach. Em seu depoimento ao Ministério Público de São Paulo (MPSP), Gritzbach revelou que policiais civis teriam “roubado” um sítio que ele havia adquirido de Roberto Viotto, o renomado “dentista dos famosos”.

Segundo a denúncia feita pelo corretor, os policiais do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) teriam realizado uma busca em um dos imóveis de Gritzbach e encontrado a escritura do sítio em sua posse. No entanto, o documento não foi listado entre os itens apreendidos pelos agentes, o que levantou suspeitas sobre a conduta dos policiais.

O investigador Rogerinho de Almeida Felício, conhecido como Rogerinho, teria coagido o dentista Roberto Viotto a transferir o sítio para uma pessoa indicada por ele, sob ameaças de problemas legais. Em um áudio entregue por Gritzbach ao Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), o chefe de investigações Eduardo Monteiro teria orientado o corretor a pagar uma propina para não ter o imóvel tomado.

Após as pressões dos policiais, o sítio acabou sendo transferido para uma terceira pessoa, indicada pelos mesmos, em um esquema de corrupção que envolvia a venda do imóvel e a apropriação indevida do valor. Além do sítio, os agentes também teriam roubado relógios de luxo e uma quantia em dinheiro do corretor.

O desenrolar desse escândalo resultou na prisão dos policiais envolvidos, incluindo Monteiro, Baena, Marques de Souza e Ruggieri, pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, e ocultação de capitais. Rogerinho, que estava foragido, se entregou à justiça após negociações com sua defesa. As penas para esses crimes podem alcançar até 30 anos de prisão.

Por sua vez, o dentista Roberto Viotto negou ter sido coagido pelos policiais e afirmou que nunca foi procurado por ninguém a respeito do sítio. Ele colocou a propriedade à venda na corretora de Gritzbach e se colocou à disposição do Gaeco e da Justiça para esclarecimentos.

Essa trama de corrupção policial revelada pela delação de Vinícius Gritzbach coloca em cheque a conduta de autoridades da segurança pública em São Paulo e evidencia a necessidade de um combate efetivo à corrupção dentro das instituições responsáveis pela segurança da população.

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