Corregedoria sugere suspensão de três deputados por obstrução durante motim após prisão domiciliar de Jair Bolsonaro. Decisão aguarda avaliação do Conselho de Ética.

Na última sexta-feira (19), a Corregedoria da Câmara dos Deputados propôs a suspensão de três deputados federais que estariam envolvidos em uma série de obstruções ocorridas no plenário, especialmente em um momento crítico ao longo do mês de agosto, que se seguiu à prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro. O motim, que chamou a atenção da opinião pública e da classe política, culminou em ações que levaram a esta recomendação.

O parecer do corregedor, deputado Diego Coronel, do PSD da Bahia, foi fundamentado em representações oriundas da Mesa Diretora da Câmara. Coronel recomendou que o Conselho de Ética da Casa analise minuciosamente o comportamento de três deputados cujo envolvimento foi considerado mais grave durante os incidentes. A análise de condutas e a sugestão de punições devem servir não apenas como um alerta para os envolvidos, mas também como um exemplo para outros parlamentares.

Marcos Pollon, do PL de Mato Grosso do Sul, foi o mais atingido pelas recomendações, com um pedido de suspensão de 90 dias. A punição se deve a declarações que foram classificadas como difamatórias contra a Presidência da Câmara, atualmente liderada por Hugo Motta, do Republicanos da Paraíba. Adicionalmente, Pollon pode enfrentar mais 30 dias de suspensão por obstruir a cadeira da presidência, um ato que vai contra os princípios de ordem e decoro exigidos em um ambiente legislativo.

Os deputados Marcel Van Hattem, do Novo do Rio Grande do Sul, e Zé Trovão, do PL de Santa Catarina, também foram mencionados, recebendo recomendações de 30 dias de suspensão por suas atitudes durante os eventos em questão.

Em meio a essa crise, outros parlamentares receberam censuras escritas, o que indica que a Corregedoria está cumprindo seu papel institucional com a devida seriedade. O corregedor Diego Coronel enfatizou que a atuação foi conduzida com imparcialidade e dentro de um prazo ágil, destacando que agora cabe à Mesa Diretora decidir sobre as recomendações apresentadas.

A censura ao parlamentar, de acordo com as normativas do Congresso Nacional, é uma penalidade aplicável quando há condutas consideradas incompatíveis com o decoro, reforçando a importância de manter a civilidade e a ordem nos trabalhos legislativos.

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