Coreia do Sul e EUA Iniciam Exercícios Militares Anuais em Meio a Crescentes Tensões com a Coreia do Norte

As tensões na península coreana aumentam conforme a Coreia do Sul e os Estados Unidos dão início a mais uma edição de seus exercícios militares conjuntos anuais, conhecidos como Ulchi Freedom Shield (UFS). A partir de 18 de agosto, as manobras envolvem aproximadamente 18.000 soldados de cada país e se estenderão até o dia 28 do mesmo mês. Esses exercícios, que são realizados de forma rotineira, desta vez se baseiam em cenários que consideram as ameaças reais provenientes da Coreia do Norte, além de integrar lições aprendidas em conflitos recentes.

Os exercícios deste ano têm uma escala similar à do ano passado, mas cerca de 40 das manobras de campo inicialmente programadas foram adiadas para setembro. O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul justificou esse adiamento, mencionando não apenas condições climáticas desfavoráveis, mas também a intenção de minimizar as tensões com o regime de Pyongyang, que historicamente se opõe a este tipo de atividade militar conjunta.

A posição da Coreia do Norte sobre esses exercícios é clara. O ministro da Defesa, No Kwang Chol, emitiu uma declaração no dia 10 de agosto condenando as ações dos Estados Unidos e da Coreia do Sul como “provocativas” e advertiu sobre as consequências negativas que essas manobras poderiam acarretar. Este tipo de retórica, combinada com exercícios militares na região, costuma ser um estopim para reações mais contundentes por parte de Pyongyang.

Em resposta às crescentes ameaças da Coreia do Norte, Seul e Washington reafirmaram que a principal prioridade dessas manobras é a preparação e o treinamento para situações de conflito, especialmente em relação à retórica agressiva do regime norte-coreano. A situação permanece em um delicado equilíbrio, onde a prática militar se entrelaça com a diplomacia, enquanto ambos os lados buscam reafirmar suas posturas de segurança na região.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo