Inaugurado no dia 1º de julho, o resort é um projeto ambicioso do governo norte-coreano, que visa impulsionar o turismo no país, um setor que tem sido um foco importante da administração de Kim desde que ele assumiu o poder em 2011. O local, conhecido como a “Waikiki da Coreia do Norte” pela imprensa sul-coreana, foi idealizado para se transformar em um destino de alta qualidade, semelhante a resorts do Ocidente, e tem a capacidade de receber em torno de 20 mil visitantes. O projeto inclui arranha-céus e modernos parques aquáticos, prometendo uma experiência diferenciada para os cidadãos locais.
Entretanto, a proibição temporária de turistas internacionais levanta questionamentos sobre a verdadeira natureza das intenções do regime, que continua a operar sob um regime de isolamento. As motivações por trás dessa restrição não foram esclarecidas pelas autoridades, deixando em aberto a possibilidade de que o governo esteja priorizando a segurança nacional ou alinhando-se a uma estratégia de controle social.
Este movimento é um desdobramento do esforço do governo de revitalizar a indústria do turismo, que sofreu impactos significativos devido a sanções internacionais e à pandemia de COVID-19. A inauguração do resort estava prevista originalmente para ocorrer seis anos antes, e sua concretização ressalta a determinação do regime em diversificar suas fontes de receita.
À medida que Coreia do Norte tenta se posicionar como um destino turístico competitivo, a interdição dos visitantes estrangeiros apresenta um paradoxo: enquanto busca atrair investimentos e modernização, também mantém rígidos limites à presença externa no seu território. O futuro do turismo no país permanece incerto e, por ora, a iniciativa de Wonsan-Kalma poderá servir apenas ao público nacional, ao menos por enquanto.