De acordo com informações da mídia estatal de Pyongyang, em fevereiro foi anunciado o desenvolvimento de um novo sistema de controle para os lançadores de foguetes de 240 mm, o que representaria uma “mudança qualitativa” nas capacidades de defesa do país. A previsão é que essas melhorias sejam implementadas nas unidades do Exército Popular Coreano entre os anos de 2024 e 2026.
A agência KCNA ainda relatou que em breve haverá uma alteração significativa para aprimorar as capacidades de combate da artilharia do Exército, sem fornecer detalhes adicionais. Analistas afirmam que a Coreia do Norte está aumentando a produção e os testes de mísseis de cruzeiro e de artilharia para vendê-los à Rússia, que necessita dessas armas em seu conflito com a Ucrânia. Pyongyang e Moscou têm reforçado sua cooperação militar desde uma cúpula entre Kim e Vladimir Putin no ano passado.
Essas ações têm gerado tensões não apenas com os Estados Unidos, que acusam a Coreia do Norte de fornecer armas à Rússia em desrespeito às sanções da ONU, mas também com a Coreia do Sul. Em dezembro, Kim Jong-un ordenou a aceleração dos preparativos militares para uma possível “guerra” que, segundo ele, pode estourar a qualquer momento. As relações entre as duas Coreias estão no ponto mais baixo em décadas, com Kim consagrando o estatuto nuclear do país na Constituição e realizando testes avançados de mísseis balísticos intercontinentais. A situação na região é de grande instabilidade e incerteza.