Segundo os diretores, o ambiente externo continua incerto, destacando a conjuntura econômica dos Estados Unidos como um fator relevante. Além disso, a preocupação com a inflação e a necessidade de ajuste fiscal são questões centrais no cenário doméstico.
Este é o segundo aumento consecutivo dos juros no país e representa a maior elevação da taxa desde maio de 2022. A decisão do Copom ressalta a importância de medidas estruturais para o orçamento fiscal brasileiro, em um contexto de busca por estabilidade econômica.
O aumento dos juros não surpreendeu o mercado, uma vez que o BC já vinha sinalizando a necessidade de uma política monetária mais contracionista para frear a inflação. Com o IPCA em 4,42% no acumulado de 12 meses até setembro, próximo ao limite da meta estabelecida pelo CMN, a elevação da Selic é vista como uma estratégia para conter a alta de preços.
As projeções do mercado indicam que a Selic poderá chegar a 11,75% ao ano até o final de 2024, com novos aumentos previstos para as próximas reuniões do Copom. A expectativa é que o BC mantenha uma postura gradual de ajuste na taxa de juros, alinhada ao compromisso de controlar a inflação e promover a estabilidade econômica. Em meio a um cenário complexo, a decisão do Copom reflete a busca por equilíbrio e segurança nas políticas monetárias do país.