Copom aumenta taxa Selic para 11,25% e alerta sobre desafios fiscais para 2024, apontando riscos para a inflação e crescimento econômico.



Na última quarta-feira, 6 de novembro de 2024, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil anunciou um aumento na taxa Selic, que agora é de 11,25% ao ano, uma elevação de 0,5 ponto percentual. Essa decisão foi tomada de forma unânime pelos integrantes do Copom, marcando uma inversão de tendência após um período de cortes de juros que começou em agosto do ano passado, quando a taxa estava em 13,75%.

O Copom havia promovido, entre agosto e maio, seis cortes de 0,5 pontos percentuais e um de 0,25 pontos. Em junho e julho, a taxa foi mantida em 10,5% ao ano, mas uma alteração nas condições econômicas levou ao aumento a partir de setembro. Este movimento coincide com um cenário inflacionário complexo, onde o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumula uma alta de 4,42% nos últimos 12 meses, e a previsão para 2024 é de que a inflação chegue a 4,6%, o que ultrapassa o teto da meta de 3% estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Durante a reunião, o Copom destacou a importância de uma política fiscal sólida e comprometida com a sustentabilidade da dívida pública, enfatizando que medidas estruturais são essenciais para controlar as expectativas de inflação e reduzir os prêmios de risco dos ativos financeiros. A expectativa é que, na absente de uma estratégia fiscal eficaz, as taxas de juros continuem a mostrar volatilidade.

Para o próximo ano, a previsão do crescimento econômico é de 3,2% do Produto Interno Bruto (PIB), um ajuste em relação à estimativa anterior de 3,1%. Entretanto, o avanço da economia brasileira pode ser dificultado pelo aumento dos juros, que encarece o crédito e tende a desestimular tanto o consumo quanto os investimentos. Assim, o cenário econômico se torna desafiador, exigindo atenção tanto das autoridades monetárias quanto da sociedade civil no que diz respeito às suas implicações práticas no dia a dia dos brasileiros. O Copom também se prepara para revisar as projeções periódicas, com o próximo Relatório de Inflação a ser divulgado em dezembro, diante de um contexto marcado pela incerteza nos preços globais e no clima econômico interno.

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