O responsável pela presidência da COP30, André Correa do Lago, reconheceu que as negociações que culminaram no acordo foram bastante desafiadoras. No entanto, visou mostrar que a comunidade internacional está unida na luta contra a crise climática, especialmente em um ano marcado por divisões e negação em relação às mudanças climáticas, exacerbadas pela ausência de uma delegação dos Estados Unidos, o maior emissor histórico do mundo.
O acordo foi resultado de intensas duas semanas de discussões e revelou profundas divisões sobre o futuro das ações climáticas. Países como Colômbia, Panamá e Uruguai levantaram objeções significativas antes que Correa do Lago decidisse suspender a plenária para consultas. Após uma pausa, ele reafirmou que as deliberações já aprovadas seriam mantidas, apesar das preocupações expressas. A representante colombiana destacou a necessidade urgente de abordar a ciência por trás das mudanças climáticas, enfatizando que os combustíveis fósseis são os principais responsáveis pelas emissões que contribuem para o aquecimento global.
Adicionalmente, a cúpula introduziu uma iniciativa voluntária, que propõe que países desenvolvidos tripliquem os recursos disponibilizados para a adaptação de países em desenvolvimento até 2035. Estes fundos são vistos como essenciais para ajudar na mitigação dos efeitos já visíveis das mudanças climáticas, como o aumento do nível do mar e a intensificação de fenômenos climáticos extremos.
Além disso, as negociações sobre combustíveis fósseis se tornaram um ponto crítico, levando a uma longa espera até que um texto paralelo fosse elaborado para tratar desse tema delicado. Essa abordagem revela a complexidade em alcançar consenso em questões que são tão intrinsecamente ligadas à dinâmica econômica e ambiental global. O acordo, embora seja um passo em direção à ação climática, deixa claro que ainda há um longo caminho a percorrer para que se possa avaliar de maneira eficaz o comprometimento dos países com a sua implementação.









