Durante a campanha, Milei fez críticas a Lula, chamando-o de comunista, corrupto e ladrão. No entanto, Mauro Vieira não revelou qual seria a sua recomendação ao presidente em relação ao convite. Ele também mencionou a importância da relação entre Brasil e Argentina em várias áreas, como energia nuclear, ciência e tecnologia, trocas universitárias, comércio, indústria e investimentos.
Vieira também mencionou a continuidade da Argentina no Mercosul, mesmo diante das ameaças feitas por Milei durante a campanha. De acordo com o ministro, durante uma reunião com a futura chanceler argentina, Diana Mondino, ela enfatizou o desejo da Argentina em fortalecer e aperfeiçoar o Mercosul.
Ao falar sobre a carta com o convite para a posse, Vieira revelou que a mesma foi entregue a ele por Diana Mondino, que recentemente desembarcou em Brasília. A visita da chanceler tinha como objetivo suavizar as tensões entre os dois países, decorrentes dos ataques de Milei a Lula durante a campanha. O presidente brasileiro foi chamado, entre outras coisas, de comunista e corrupto.
Javier Milei destacou na carta que Brasil e Argentina têm “muitos desafios pela frente” e que mudanças econômicas, sociais e culturais, baseadas nos princípios da liberdade, posicionará ambos como países competitivos. Em complemento, Milei observou que as mudanças permitirão que os cidadãos de ambos os países desempenhem ao máximo suas capacidades e escolham o futuro desejado.
Diana Mondino, em conversa com jornalistas após o encontro, ressaltou a importância da relação entre Brasil e Argentina, referindo-se aos dois países como “irmãos”. Ela ainda indicou que, ao contrário do que foi dito por Milei, o Mercosul manterá sua relevância, enfatizando que a assinatura do acordo com a União Europeia é uma das prioridades do novo governo argentino.