Contas públicas encerram outubro com superávit, mas governos regionais e estatais registram déficit, aponta Banco Central em relatório.



Em outubro, as contas públicas apresentaram um saldo positivo em decorrência do superávit do governo federal, enquanto os governos regionais e estaduais registraram déficit. O setor público consolidado, formado pela União, estados, municípios e empresas estatais, registrou um superávit primário de R$ 36,883 bilhões no último mês. Esse valor supera significativamente os R$ 14,798 bilhões de superávit registrados em outubro de 2023.

Os dados das Estatísticas Fiscais, divulgados pelo Banco Central, demonstram que no acumulado do ano o setor público consolidado tem um déficit primário de R$ 56,678 bilhões. Ao olhar para os últimos 12 meses, encerrados em outubro, o déficit primário totaliza R$ 223,521 bilhões, equivalente a 1,95% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. No ano anterior, as contas públicas fecharam com um déficit primário de R$ 249,124 bilhões.

Em outubro, as contas do Governo Central apresentaram superávit primário de R$ 39,150 bilhões, contribuindo para o saldo positivo das contas públicas consolidadas. Os governos estaduais também geraram superávit no mesmo período, com R$ 1,735 bilhão, enquanto os governos municipais registraram um déficit de R$ 3,642 bilhões. A situação resultou em um déficit total dos governos regionais de R$ 1,907 bilhão.

Por outro lado, as empresas estatais federais, estaduais e municipais, excluindo Petrobras e Eletrobras, apresentaram um déficit primário de R$ 360 milhões em outubro. As despesas com juros no último mês atingiram R$ 111,564 bilhões, quase o dobro do registro de outubro de 2023. Esse aumento significativo foi influenciado pela alta da inflação e pelas operações do Banco Central no mercado de câmbio.

Com um déficit nominal de R$ 74,681 bilhões em outubro, o setor público acumula um déficit de R$ 1,092 trilhão nos últimos 12 meses. A dívida pública também teve um aumento, atingindo R$ 7,133 trilhões em outubro, correspondendo a 62,1% do PIB. Esses números são essenciais para a análise do endividamento do país por agências de classificação de risco e investidores, além de servirem como base para comparações internacionais.

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