O vídeo exibido aos jornalistas apresentou imagens captadas de câmeras corporais usadas pelos terroristas, registros publicados nas redes sociais das vítimas e dos extremistas, além de filmagens das próprias forças de segurança de Israel. As cenas retratadas iam desde a invasão por terra, com terroristas atirando contra motoristas israelenses em estradas, até ataques contra famílias em kibutz.
Durante a apresentação, a compilação de vídeos mostrou indivíduos sendo brutalmente assassinados na frente de crianças, pessoas mortas a golpes de enxada, um cachorro executado no meio do jardim, cadáveres sendo arrastados para fora de veículos e civis sendo sequestrados. As vítimas variavam de bebês a idosos e foram assassinadas com diferentes armas, como armas de fogo, fuzis, facas, ferramentas e até granadas.
As imagens capturadas dos celulares dos terroristas revelaram cenas de comemoração das mortes, incluindo um telefonema para os pais para se vangloriar do ataque. O Hamas, grupo responsável pelos ataques, tem usado a população civil como escudo e espalhado versões distorcidas dos fatos, segundo Rafael Erdreich, cônsul de Israel em São Paulo.
Erdreich também mostrou insatisfação com a cobertura da imprensa sobre o conflito, afirmando que o Hamas tem controle das versões disseminadas e que números divulgados sobre vítimas pelo Ministério da Saúde de Gaza são distorcidos. Ele citou como exemplo os números divulgados sobre as vítimas de uma explosão no Hospital al-Ahli, criticando a publicação de informações sem checagem.
O vídeo exibido pelo consulado de Israel em São Paulo é uma forma de transmitir à imprensa e ao público brasileiro a realidade dos ataques terroristas cometidos pelo Hamas. Com imagens explicitas das atrocidades cometidas pelo grupo palestino, o objetivo é desmistificar as informações distorcidas e mostrar o verdadeiro cenário do conflito.
O governo israelense está em uma guerra de informações com o Hamas, cada lado tentando reforçar sua versão dos fatos. Enquanto Israel acusa o Hamas de usar civis como escudos humanos e atacar objetivos militares, o grupo terrorista acusa Israel de bombardear alvos civis e cometer genocídio em Gaza, negando o uso da população como escudo.
Diante da controvérsia gerada pelo conflito no Brasil e em outros países da América Latina, Erdreich mostrou impaciência com o posicionamento de alguns presidentes da região. Ele questionou as fontes de informação utilizadas por eles e criticou a publicação de números não verificados sobre as vítimas do conflito.
Apesar dos questionamentos em relação à atuação do Brasil à frente do Conselho de Segurança da ONU e ao posicionamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o consulado espera que o governo brasileiro repense suas informações e busque fontes confiáveis para compreender a realidade do conflito entre Israel e Hamas.