Conselho de Segurança da ONU aprova resolução pedindo libertação de reféns do Hamas e pausa humanitária em Gaza

Conselho de Segurança da ONU aprova resolução exigindo a libertação imediata de reféns mantidos pelo Hamas

Na última quarta-feira, o Conselho de Segurança da ONU aprovou por 12 votos a favor e 3 abstenções a resolução apresentada por Malta, que exige a libertação imediata de todos os reféns mantidos pelo Hamas e a implementação de um regime de “pausas humanitárias” na Faixa de Gaza. Essa foi a primeira resolução a ser aprovada pelo Conselho desde o início da guerra, em 7 de outubro.

A representante de Malta, Vanessa Frazier, afirmou que a proposta busca oferecer esperança em um momento tão difícil e tenta garantir uma pausa no pesadelo atual em Gaza, dando esperança a todas as famílias das vítimas. O texto pede que todos os mais de 200 reféns capturados pelo Hamas durante os ataques contra Israel sejam libertados incondicionalmente, especialmente as crianças. Ao mesmo tempo, defende o estabelecimento de pausas humanitárias e corredores humanitários para garantir a passagem de bens e serviços necessários para garantir a segurança das crianças em Gaza.

A expressão “cessar-fogo”, que gerou impasses em votações anteriores, não foi incluída no texto, apesar de a Rússia ter proposto uma emenda que foi derrotada pouco antes da votação. O governo de Malta tem adotado uma postura mais dura em relação à ofensiva israelense em Gaza e defende a adoção de um cessar-fogo imediato.

A resolução também pede o incremento dos esforços para resgatar as pessoas presas nos escombros dos prédios atingidos pelos bombardeios, e exige que os envolvidos no conflito evitem ações que privem a população de Gaza do acesso a serviços essenciais e ajuda humanitária. Além disso, determina que sejam tomadas medidas para proteger funcionários de agências internacionais e “locais de importância humanitária” em áreas de combate.

Desde o início do conflito, quatro outras resoluções sobre o conflito fracassaram no Conselho de Segurança da ONU. Em outubro, um texto apresentado pelo Brasil, que defendia um cessar-fogo imediato e o estabelecimento de corredores humanitários, recebeu 12 votos a favor e teve duas abstenções, mas foi vetado pelos EUA. No final do mês passado, uma proposta de resolução pedindo uma trégua humanitária em Gaza foi aprovada com 120 votos na Assembleia Geral, cujas decisões não tem poder vinculante.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!




Botão Voltar ao topo