Na esteira deste anúncio, o deputado republicano americano Rich McCormick manifestou seu apoio a Eduardo e, em uma postagem na rede social X, usou o termo “exílio” para descrever a situação do parlamentar brasileiro. O congressista fez um apelo a seus colegas no Congresso dos Estados Unidos, instando-os a implementar sanções contra o ministro do STF, Alexandre de Moraes, que tem sido uma figura central nas investigações sobre o possível golpe.
McCormick descreveu a atualidade política do Brasil como marcada por uma “alarmante deterioração” da democracia. Além disso, ele se dirigiu ao governo americano solicitando que medidas sejam tomadas contra aliados de Moraes, que, segundo ele, também estariam comprometendo os princípios democráticos e os direitos humanos.
A proposta de McCormick tem como base a Lei Global Magnitsky, aprovada em 2016 nos EUA, que permite ao governo sancionar autoridades estrangeiras por violação de direitos humanos e corrupção. Entre as medidas contempladas pela legislação estão o bloqueio de bens, cancelamento de vistos e restrições para entrada no país.
A decisão de Eduardo Bolsonaro de buscar abrigo nos Estados Unidos levanta questões sobre a situação política no Brasil, além de acirrar os ânimos entre as forças políticas em conflito. Em suas declarações, o deputado brasileiro aproveitou para criticar Moraes, alegando que o ministro estaria usando o sistema judiciário para silenciar opositores e coagir a liberdade de ação política. Assim, a narrativa de defesa da liberdade, impulsionada por McCormick, encontra ressonância na postura de Eduardo, que se coloca como um defensor da “justa punição” para aqueles que considera responsáveis por sua situação.
O desenrolar desses eventos poderá ter repercussões não apenas nas relações bilaterais entre os EUA e o Brasil, mas também na dinâmica política interna brasileira, onde a polarização continua a ser severa.