De acordo com informações divulgadas por autoridades locais, a confusão teve início quando a polícia impediu a entrada de centenas de torcedores que tentavam entrar no estádio, numa tentativa de invasão. Estima-se que cerca de 48 mil ingressos foram disponibilizados, mas a quantidade de pessoas presentes excedeu esse número, criando um congestionamento nos portões do estádio. A frustração rapidamente tomou conta da multidão, que se aglomerou em busca de acesso ao evento.
Outros fatores contribuíram para o tumulto. As autoridades impuseram restrições severas sobre o que os torcedores podiam usar ao ingressar no estádio, barrando a entrada de pessoas que estavam de chinelos, bonés e outros itens considerados inadequados. Essa normativa gerou descontentamento entre os presentes e aumentou o clima tenso que se estabeleceu antes do início da partida. Apesar da gravidade da situação, não houve registros de prisões.
Os feridos foram vítimas de pisoteamentos e quedas, principalmente devido à superlotação nos arredores do local. Relatos indicam que 23 estágios de fraturas foram registrados, enquanto outros 47 torcedores necessitaram de atendimento médico devido a problemas de saúde relacionados à pressão e ao calor intenso.
No campo, em contraste com os eventos tumultuosos fora dele, a seleção argentina conseguiu vencer a Angola por 2 a 0, com gols marcados por Lionel Messi e Lautaro Martínez. Enquanto a equipe argentina celebrava sua vitória, a lembrança do tumulto e das feridas deixadas por esse incidente permanecia presente, levantando questões sobre a segurança e a organização de eventos esportivos em grande escala no país.









