Segundo informações da Câmara dos Deputados, cerca de mil indígenas romperam as barreiras da Polícia Militar do Distrito Federal, derrubaram gradis e adentraram o gramado do Congresso Nacional, resultando em um impasse que demandou a intervenção das Polícias Legislativas da Câmara e do Senado. Agentes químicos foram utilizados para conter a invasão e evitar a penetração no Palácio do Congresso, conforme comunicado oficial.
Previamente, um acordo entre os organizadores do ATL e as autoridades de segurança estabelecia que os 5 mil manifestantes previstos permaneceriam até determinado ponto, porém parte do grupo decidiu ultrapassar os limites acordados, resultando no confronto com as forças de segurança. Os indígenas afetados pelas bombas de fumaça e gás precisaram de atendimento médico, contando com a atuação dos bombeiros do Distrito Federal.
O Acampamento Terra Livre é um evento anual que ocorre em Brasília e tem como objetivo principal a defesa dos direitos dos povos indígenas, em especial a demarcação de terras e o acesso a políticas públicas. Durante a mobilização, são realizadas marchas, atos simbólicos e reuniões com autoridades para sensibilizar o poder público e a sociedade em relação às reivindicações dos povos originários.
Em nota, a presidência do Senado assegurou que a ação para conter os indígenas foi realizada sem grandes intercorrências, destacando que o restabelecimento da ordem se deu por meios não letais. A Presidência do Congresso Nacional reiterou seu respeito aos povos originários e ressaltou a importância de assegurar a segurança dos servidores, visitantes e parlamentares, além de preservar a integridade da sede do Congresso.
Portanto, o incidente durante o Acampamento Terra Livre evidenciou a tensão e os desafios enfrentados pelos povos indígenas na luta por seus direitos e reconhecimento, bem como a complexidade das relações entre as comunidades tradicionais e as instituições governamentais.