Esses confrontos, que começaram há três dias, levaram a um cenário crítico de deslocamento forçado, com aproximadamente cinco mil pessoas tendo que deixar suas residências. Muitas delas buscam abrigo em municípios vizinhos, como Tibú, Ocaña e Cúcuta. Com o aumento da violência e perdas registradas entre a população civil, as atividades escolares foram suspensas na região e abrigos temporários estão sendo organizados para atender às necessidades urgentemente crescentes dos deslocados.
William Villamizar, governador de Norte de Santander, fez um apelo aos grupos armados, pedindo um cessar-fogo e o respeito aos direitos humanos. Ele ressaltou a importância de estabelecer corredores humanitários que garantam a segurança das famílias que tentam se deslocar para longe da violência.
A resposta do governo colombiano, liderado pelo presidente Gustavo Petro, foi bastante contundente. O presidente classificou as ações do ELN como crimes de guerra e anunciou a suspensão do processo de paz que envolvia o grupo, alegando falta de comprometimento com a paz. Desde a sua posse em 2022, Petro buscava estabelecer um diálogo produtivo com diversas organizações insurgentes, mas a escalada de violência coloca em dúvida esses esforços de pacificação.
A Colômbia vive um longo histórico de conflitos armados que se estendem por décadas e que já resultaram na morte de mais de 260 mil pessoas, além de milhões de deslocados. Embora tenha havido um acordo de paz com a FARC em 2016, a situação se complica com o retorno à luta de ex-combatentes e o surgimento de novas células armadas, mostrando que a estabilidade ainda é um objetivo distante para o país.