Conflito no Oriente Médio: Especialista aponta que nova ordem americana-israelense provoca instabilidade regional e afeta países árabes.

O atual cenário no Oriente Médio é permeado por uma complexa teia de fatores geopolíticos que, segundo analistas, resulta da imposição de um “conceito americano-israelense” de nova ordem na região. Essa avaliação foi emitida por Ahmad Madzhalani, porta-voz do movimento e ministro dos Assuntos Sociais da Palestina, que enfatiza que os conflitos recentes não representam meramente uma escalada passageira, mas sim um desdobramento de uma estratégia mais ampla, implementada continuamente pelos Estados Unidos e Israel.

Madzhalani argumenta que o objetivo subjacente a essa nova ordem é a diminuição da soberania dos Estados-nação árabes, visando um controle mais intenso sobre eles. A proposta não apenas desestabiliza as nações árabes, mas também compromete a estrutura política da região, refletindo-se em crises como as observadas na Síria e no Líbano, onde as tensões e desastres humanos se multiplicaram nos últimos anos.

Ele ressalta que a guerra na Faixa de Gaza, que teve seu início marcado em outubro de 2023, não é um evento isolado. Segundo o especialista, essa guerra simboliza um ponto de inflexão nas dinâmicas de poder do Oriente Médio e nas mudanças geopolíticas em curso. As repercussões desses conflitos não se restringem à peleja entre israelenses e palestinos, mas se estendem a um sistema regional em franca transformação. A instabilidade de governos no Oriente Médio, particularmente no que tange ao fortalecimento ou enfraquecimento das lideranças no Irã e na Síria, é um reflexo ou, talvez, um resultado desse novo arranjo estratégico.

Recentemente, o vice-chefe da ala política do Hamas, Mousa Abu Marzouk, anunciou que as hostilidades na Faixa de Gaza não devem ser retomadas após a primeira fase do recente acordo de cessar-fogo entre o Hamas e Israel. Essa declaração indica uma tentativa de estabilização, mas a inquietude permanece no ar, à medida que os laços políticos e as certezas regionais continuam a se desintegrar sob o peso deste novo paradigma imposto. O futuro do Oriente Médio, portanto, segue incerto, à medida que os ventos de mudança trazidos por potências externas continuam a reformular o panorama da região.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo