O grupo rebelde afirma ainda que sua atuação visa a proteção dos tutsis contra milícias hutus, como as Forças Democráticas para a Libertação de Ruanda (FDLR), compostas por combatentes hutus envolvidos no genocídio de Ruanda em 1994. As tensões se intensificam com acusações mútuas entre Ruanda e a RDC, que apontam para o envolvimento de Ruanda em enviar tropas e armas para apoiar o M23.
Neste cenário, a presença das tropas sul-africanas, inseridas na Missão da SADC na RDC, tem sido alvo de controvérsia, com declarações do presidente ruandês Paul Kagame rejeitando a presença dessas tropas no campo de batalha. Enquanto isso, a comunidade internacional, incluindo a ONU e países ocidentais, se posicionam sobre o conflito, com acusações mútuas e esforços diplomáticos em curso.
O papel das forças de paz da ONU (MONUSCO), que sofreram baixas no confronto, e das forças da SADC na região tem sido fundamental, embora ambas tenham enfrentado retrocessos. Além disso, a presença de contratantes militares privados contratados pela RDC para combater o M23 também tem sido destacada, com relatos de rendições e evacuações.
Com o M23 ampliando seu controle sobre a região e avançando para novas áreas, as tensões geopolíticas se agravam, colocando em risco a estabilidade regional e as cadeias de suprimento globais de minerais essenciais para diversas indústrias. A escalada do conflito e a crise humanitária resultante representam desafios significativos que exigem ações coordenadas de atores regionais e internacionais para buscar uma solução negociada e sustentável para o conflito na região.