Conflito em Tbilisi: Manifestantes atacam parlamento após adiamento da adesão da Geórgia à União Europeia, gerando caos e incêndios no local.



Em uma manifestação marcada pelo caos e pela violência, milhares de pessoas se reuniram em Tbilisi, capital da Geórgia, na manhã deste domingo, 1º de dezembro de 2024, para protestar contra a decisão do governo de adiar a tentativa do país de se juntar à União Europeia. A medida, que foi recebida com indignação popular, provocou intensos confrontos entre manifestantes e forças de segurança.

De acordo com informações apuradas no local, os manifestantes não hesitaram em lançar pedras, fogos de artifício e outros objetos em chamas em direção ao edifício do parlamento georgiano. A ação resultou em danos significativos, cometendo estragos nas janelas e na estrutura do prédio, além de provocar pequenos incêndios em várias salas, que posteriormente foram controlados pelos bombeiros. A violência foi acentuada, levando as forças especiais a utilizarem canhões de água na tentativa de dispersar os protestantes, que responderam com mais fogo de artifício, criando uma tensão palpável no ar.

O Ministério do Interior georgiano afirmou que os manifestantes tentaram danificar as barricadas de proteção do parlamento, com ações que buscavam invadir o espaço legislativo. Essa hostilidade foi descrita por autoridades como uma ameaça à ordem pública, com o governo expressando preocupação sobre a segurança durante as manifestações.

O clima de insatisfação é resultado de um descontentamento mais amplo entre os cidadãos georgianos, que veem a integração com a Europa como um caminho crucial para o desenvolvimento político e econômico do país. A decisão do governo de adiar as negociações de adesão à UE por quatro anos foi vista como um retrocesso e uma traição às aspirações europeias da Geórgia, um ex-república soviética que tem buscado estreitar seus laços com o Ocidente desde sua independência.

A situação em Tbilisi reflete um momento crítico na história recente da Geórgia, caracterizado por protestos massivos e um clamor por mudanças políticas. À medida que os confrontos continuam, a atenção se volta para o governo e sua capacidade de responder às demandas da população em um momento tão delicado.

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