A pesquisa, realizada pelo instituto Atlas, entrevistou 817 pessoas entre os dias 11 e 13 de fevereiro, recrutadas de forma aleatória na internet e depois calibrada para refletir a composição demográfica da população adulta do Brasil. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais para mais ou para menos, com um nível de confiança dentro dessa margem de erro de 95%.
De acordo com a série histórica da pesquisa, a confiança nas Forças Armadas atingiu seu auge em abril de 2023, quando 46% dos brasileiros afirmavam confiar na instituição, enquanto apenas 37% desconfiavam. No entanto, desde então, a confiança nas Forças Armadas tem decrescido continuamente, atingindo agora apenas 24% de confiança.
O cenário político polarizado tem sido um dos principais fatores para a queda de confiança nas Forças Armadas. Durante o governo de Jair Bolsonaro, houve uma polarização da imagem dos militares, sendo vistos de forma positiva pelos apoiadores do presidente e de forma negativa pela oposição. Com o silêncio dos militares após a saída de Bolsonaro do governo, a imagem das Forças Armadas tem sido cada vez mais questionada, principalmente pelos bolsonaristas.
Além disso, episódios recentes, como as acusações de tentativa de golpe de Estado liderada por Bolsonaro e seus aliados, também têm contribuído para abalar a credibilidade das Forças Armadas perante a população. Outros acontecimentos, como o vídeo institucional da Marinha do Brasil, que gerou polêmica devido aos privilégios concedidos a alguns membros da corporação, também têm impactado a confiança do público.
Diante desse cenário, a pesquisa Atlas revelou que a Polícia Federal é a instituição mais confiável para os brasileiros no momento, seguida pela Polícia Militar e pelo Supremo Tribunal Federal. Por outro lado, o Congresso Nacional e as igrejas evangélicas são as instituições menos confiáveis, de acordo com os entrevistados.
Além disso, a pesquisa também abordou o apoio da população a medidas em discussão no Congresso Nacional, mostrando que temas como corte de gastos públicos e anistia de presos do 8 de janeiro geram opiniões divergentes entre os brasileiros. Com esses resultados, fica evidente a necessidade de as instituições públicas buscarem reconquistar a confiança da população.