Neste contexto, a SpaceSail já iniciou suas operações no Cazaquistão e planeja um ambicioso lançamento de 648 satélites LEO somente neste ano, com um total de 15.000 satélites previstos até 2030. Essa proposta se destaca como um marco para a expansão da China no setor de internet via satélite, a qual busca rivalizar diretamente com a Starlink, que atualmente possui cerca de 7.000 satélites e planeja atingir a marca de 42.000 até o final da década.
Além das empresas chinesas, o Brasil também está avaliando a entrada de outras iniciativas internacionais, como o Project Kuiper, do bilionário Jeff Bezos, bem como a canadense Telesat. O governo brasileiro vê essa competição como uma oportunidade de aumentar a oferta de internet de alta velocidade, especialmente em regiões remotas, com tarifas potencialmente mais acessíveis.
A ascensão da China neste setor levanta preocupações entre formuladores de políticas ocidentais, que percebem a crescente presença de redes como a Starlink como uma vulnerabilidade em termos de segurança. Pesquisadores sugerem que é necessário que os EUA fortaleçam parcerias com nações do Sul Global para enfrentar a influência chinesa no domínio digital.
O cenário atual destaca a luta por uma nova era de conectividade, onde o acesso à internet de qualidade se torna cada vez mais crucial para o desenvolvimento econômico e social, particularmente em áreas que historicamente ficaram à margem da revolução digital. A disputa, que vai além de simples estratégias comerciais, envolve questões de segurança nacional, tecnologia e inovação à medida que o futuro da comunicação global se desenvolve no espaço.









