Organizada pela Unesco, a reunião contou com a participação de 51 ministérios, 94 países e mais de 650 participantes, ao longo dos dias 31 de outubro e 1º de novembro. Um dos pontos discutidos foi a preocupação com o financiamento da educação em todo o mundo, evidenciada pelo relatório de Monitoramento Global da Educação (GEM) 2024, que apontou uma queda nos gastos com educação em relação ao Produto Interno Bruto (PIB).
No cenário latino-americano e caribenho, que inclui o Brasil, houve uma redução nos investimentos em educação, passando de 4,6% do PIB em 2010 para 4,2% em 2022. Diante desse cenário, foram propostas medidas tanto em âmbito nacional quanto internacional para estimular o investimento na educação, como garantir assistência a países com metas educacionais não cumpridas e renegociar dívidas externas insustentáveis.
A diretora-geral adjunta de Educação da Unesco, Stefania Giannini, destacou avanços como a inclusão de milhões de crianças na escola desde 2015, mas ressaltou a existência de desigualdades a serem enfrentadas. A Declaração de Fortaleza deve ser apresentada na reunião de líderes do G20, priorizando a educação no cenário mundial.
No contexto nacional, o ministro da Educação, Camilo Santana, reforçou a importância de ampliar os investimentos em educação no Brasil, destacando a necessidade de não modificar os limites constitucionais destinados ao setor. A Reunião Global em Educação tem como principal foco a busca por estratégias comuns para o cumprimento da Agenda 2030, especialmente o ODS 4, que visa garantir acesso à educação de qualidade e equitativa para todos até 2030.