Comitê da FDA rejeita uso de terapia assistida por MDMA para tratamento de TEPT devido a preocupações com eficácia e segurança. Decisão final aguardada para agosto.



Um painel consultivo independente da FDA, agência responsável pela regulação de medicamentos nos Estados Unidos, rejeitou nesta terça-feira (4) a proposta de utilização da terapia assistida por MDMA no tratamento do transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). A decisão do painel foi baseada em preocupações relacionadas à eficácia e segurança deste novo tipo de tratamento.

A votação do painel foi de 9-2 quanto à eficácia da terapia assistida por MDMA e de 10-1 em relação ao balanceamento entre os potenciais benefícios e riscos do tratamento proposto. O MDMA, também conhecido como princípio ativo do ecstasy, tem sido objeto de estudos recentes sobre seu potencial no tratamento de doenças mentais.

Uma das preocupações levantadas durante a discussão foi a possibilidade de os participantes dos estudos conseguirem identificar se estavam recebendo o MDMA ou não. Normalmente, os participantes não têm conhecimento do tipo de tratamento que estão recebendo, a fim de evitar o chamado “efeito placebo”. Além disso, também foram destacados possíveis efeitos cardiovasculares do medicamento, bem como a influência que os terapeutas que conduziram as sessões podem ter tido sobre os resultados dos pacientes.

Embora a decisão do painel não seja vinculativa, a FDA costuma seguir as recomendações de seus consultores. A expectativa é que a decisão final da agência em relação ao uso da terapia assistida por MDMA no tratamento do TEPT seja anunciada até meados de agosto.

O MDMA, ou metilenodioximetanfetamina, é uma droga psicoativa sintética que tem a capacidade de promover a autoconsciência, sentimentos de empatia e conexão social. O seu potencial terapêutico, embora ainda em fase de estudos e avaliações, segue sendo objeto de interesse e debate no campo da saúde mental.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo