Comissão do Senado se reúne para debater os 200 anos da Confederação do Equador em defesa da democracia e contra o autoritarismo.


Na manhã desta quarta-feira (24), a comissão temporária criada pelo Senado para coordenar as atividades de comemoração dos 200 anos da Confederação do Equador realizou sua primeira reunião. O movimento revolucionário, ocorrido no Nordeste em 1824, teve início em Pernambuco, mas logo se espalhou por outras províncias vizinhas, como Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. A iniciativa de criação da comissão partiu da senadora Teresa Leitão, que comandou a audiência pública interativa.

A Confederação do Equador foi um movimento contrário ao autoritarismo de dom Pedro I e em defesa do regime republicano no Brasil. Na época, o movimento foi proibido e perseguido pelas tropas leais ao imperador, resultando na condenação à morte de trinta e uma pessoas, incluindo o frade carmelita Joaquim do Amor Divino Caneca, conhecido como Frei Caneca, que se tornou um herói entre os revolucionários.

Durante a reunião, diversos representantes de instituições culturais e acadêmicas de Pernambuco destacaram a importância histórica da Confederação do Equador. O professor George Felix Cabral de Souza ressaltou a tradição pernambucana de contestação aos poderes centrais e de luta por liberdades individuais, enquanto André Ricardo Heráclio do Rêgo afirmou que o Senado é o local ideal para celebrar o movimento, por sua atuação em defesa da Constituição e contra o separatismo.

O assessor especial Lucas Felipe Noia da Silva argumentou que a Confederação do Equador está enraizada na história de Pernambuco e representa a resistência do povo nordestino contra regimes autoritários. Para ele, a democracia é a principal arma contra o autoritarismo nos dias atuais.

As comemorações do bicentenário da Confederação do Equador foram destacadas como fundamentais para a construção da história nacional e para a preservação dos ideais republicanos e democráticos no Brasil. A gestora governamental Daniela de Almeida Medeiros Silva ressaltou a importância de celebrar e preservar a história do movimento, que teve Pernambuco como seu berço.

A senadora Teresa Leitão revelou que a comissão temporária pretende dar continuidade ao plano de trabalho aprovado em março, incluindo a realização de diversas atividades ao longo do ano para celebrar a data histórica.

Em meio a reflexões históricas e culturais, a reunião da comissão temporária foi marcada por discursos emocionados e pela valorização da memória da Confederação do Equador como um marco na luta pela democracia e pelos ideais republicanos no Brasil. A celebração do bicentenário certamente trará à tona debates e reflexões essenciais sobre a construção da nação brasileira e a importância de manter viva a memória de movimentos que influenciaram nossa história.

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