A Comissão de Ética da Câmara dos Deputados dos EUA, presidida por Michael Guest, apresentou oficialmente uma resolução para a expulsão de Santos. O relatório da comissão apontou evidências de que o deputado teria violado leis federais, especialmente relacionadas ao uso de verbas destinadas à sua campanha eleitoral. Segundo o relatório, Santos teria destinado a verba a fins menos eleitoreiros, como viagens de lazer, procedimentos estéticos e uma assinatura em um site de conteúdo adulto.
Além disso, esteve envolvido em processos judiciais, incluindo acusações de uso indevido de seguro-desemprego e mentiras em declarações sobre renda. Ele também enfrentou denúncias de falsificação de currículo e um processo por estelionato movido no Brasil.
A expectativa é que a resolução para a expulsão de Santos seja votada ainda em novembro, mas seu destino na Câmara dos Deputados ainda é incerto. Para que um parlamentar seja expulso, são necessários dois terços dos votos, o que além dos democratas, precisaria de uma parcela considerável dos republicanos.
Apesar de uma resolução anterior defendendo a expulsão ter sido rejeitada, há indícios de que o resultado pode ser diferente desta vez. Pelo menos 60 deputados republicanos já sinalizaram que votarão contra Santos. Um comunicado do deputado republicano Randy Feenstra indica que votará pela expulsão caso Santos não renuncie antes.
Apesar das pressões, Santos já anunciou que não buscará a reeleição em 2024, e uma pesquisa mostrou que a maioria dos eleitores do distrito que o elegeu querem que ele renuncie. No entanto, até o momento, ele se recusa a renunciar.
O caso de George Santos coloca em xeque a ética e a conduta dos líderes políticos, e o desfecho dessa situação pode ter um impacto significativo na política norte-americana e nas relações com a comunidade brasileira nos Estados Unidos.