Comissão aprova projeto para incluir cães e gatos no Censo Nacional

A Comissão de Ciência, Tecnologia e Inovação da Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que visa incluir a contagem domiciliar de cães e gatos no Censo Demográfico realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse projeto, de número 1739/22, tem como objetivo principal obter dados mais precisos sobre a população de animais de estimação no país.

O relator do projeto, deputado Nilto Tatto (PT-SP), recomendou a aprovação, destacando a importância dessas informações para o mapeamento de surtos epidêmicos e problemas relacionados a zoonoses. Segundo ele, os dados obtidos poderão ajudar a identificar as origens e combater as causas dessas doenças, além de registrar o tratamento dado aos animais e orientar ações de combate aos maus-tratos.

O deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), autor da proposta aprovada, ressaltou que cães e gatos são sentinelas de doenças humanas, uma vez que compartilham o mesmo ambiente e consomem os mesmos alimentos e água que seus tutores. Ele argumentou que, nos últimos 30 anos, três em cada quatro doenças emergentes foram transmitidas por animais. Sendo assim, um censo amplo e simultâneo como o proposto poderia tornar o Brasil um modelo mundial na prevenção de zoonoses, dinâmica populacional, bem-estar animal e guarda responsável de cães e gatos.

O projeto ainda precisa passar pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) antes de ser aprovado definitivamente. Vale ressaltar que a tramitação está em caráter conclusivo, o que significa que não é necessário a deliberação do Plenário, a menos que haja divergências entre as comissões responsáveis ou um recurso assinado por 52 deputados solicitando a apreciação da matéria no Plenário.

A inclusão de cães e gatos no Censo Demográfico do IBGE ofereceria uma oportunidade única de obter dados mais precisos sobre a população de animais de estimação no país. Além disso, forneceria informações valiosas para o combate a doenças transmitidas por animais e para a promoção do bem-estar animal. O projeto segue agora para a próxima etapa de tramitação na CCJ, onde será analisado sua constitucionalidade e legalidade antes de ser votado em definitivo.

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