A utilização desse provedor clandestino não é uma opção para os habitantes das comunidades controladas pelo CV, mas sim uma imposição. Aqueles que desafiam essa lei paralela são punidos com rigor pelos faccionados. Além disso, os criminosos proíbem a atuação de concessionárias regulares de internet dentro de suas áreas de influência, como evidenciado pelas operações da Polícia Civil e Militar que resultaram na apreensão de equipamentos e cabos supostamente furtados.
Essa nova realidade não se restringe apenas ao Quitungo. Moradores de diversos bairros de Itaboraí, na Região Leste Fluminense, também têm relatado a obrigação de contratar serviços de internet ligados ao tráfico de drogas. Provedores independentes foram expulsos das áreas, forçando a população a aderir aos serviços oferecidos pelos criminosos do Comando Vermelho.
Recentemente, um novo “provedor do tráfico” foi instalado em alguns bairros, ligado ao CV. Os bandidos sabotam a infraestrutura das empresas concorrentes, deixando centenas de residences sem acesso à internet. A população se vê refém dessa imposição, indicando a forte influência e controle exercidos pela facção criminosa sobre as comunidades locais.
Essa ousada incursão do Comando Vermelho no setor de tecnologia levanta questões sobre a segurança e a privacidade dos usuários. A presença cada vez mais marcante da facção em áreas antes inimagináveis reforça a necessidade de ações enérgicas das autoridades para coibir essas práticas ilegais e garantir a segurança e o bem-estar das comunidades afetadas por essa imposição.