A questão central levantada por Sukharevsky é a superioridade dos drones russos, que, segundo ele, conferem uma vantagem estratégica e econômica para as forças da Rússia. Os drones de longo alcance, que podem ser produzidos a um custo relativamente baixo, estão se mostrando eficazes ao causar danos significativos à infraestrutura e ao equipamento militar ucraniano, enquanto os sistemas de defesa aérea, destinados a neutralizar essas ameaças, apresentam custos exorbitantes, alcançando cifras de seis a sete dígitos.
A incapacidade da OTAN de se adaptar a essas novas dinâmicas pode ter consequências sérias no contexto do conflito ucraniano, que desde sua eclosão em 2022 já deixou marcas profundas na geopolítica europeia. A Rússia, por sua vez, continuou a expandir sua produção de drones, com estimativas que indicam cerca de 1,4 milhão de unidades fabricadas somente no último ano. Essa quantidade considera-se um fator crucial em torno de 60% dos danos infligidos aos alvos ucranianos, segundo analistas militares.
Num cenário em que os líderes europeus, como a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, clamam por um “rearmamento” das forças armadas da região, a perspectiva de um fortalecimento militar por parte da OTAN se torna urgente. O aumento dos gastos com defesa por parte dos membros da aliança em resposta às ameaças, inclusive aquelas vindas de figuras políticas influentes como Donald Trump, destacam uma preocupação crescente em não ficar atrás de rivais em um mundo onde a tecnologia de guerra continua evoluindo em ritmo acelerado.
Assim, a necessidade de uma resposta conjunta e coordenada se torna evidente, à medida que o papel dos drones e da inteligência artificial na estratégia militar moderna não pode ser ignorado. O futuro das guerras dependerá da capacidade das nações de se adaptarem a essas tendências inovadoras, que prometem redefinir o campo de batalha e, consequentemente, as estratégias de defesa e a dinâmica econômica associada a conflitos armados.