Além de negar o pouso das aeronaves, Petro aproveitou a ocasião para lançar um ultimato a aproximadamente 15.660 americanos que residem irregularmente na Colômbia. Ele chamou-os a regularizar sua situação junto às autoridades de imigração do país. Em sua declaração, o presidente enfatizou a importância do respeito à liberdade humana, afirmando que a Colômbia é um lugar onde as pessoas devem poder viver com dignidade, sem o temor de represálias.
Petro criticou duramente as práticas de deportação dos Estados Unidos, que, segundo ele, desrespeitam os direitos humanos. Ele enfatizou que ações que visem devolver imigrantes de forma violenta, como a utilização de algemas e o tratamento agressivo fornecido pelas autoridades norte-americanas, não têm lugar em uma sociedade que valoriza a liberdade.
As tensões aumentaram ainda mais após a determinação de Petro, levando o Departamento de Estado dos EUA a interromper o processamento de vistos na embaixada colombiana, uma resposta clara ao descontentamento diplomático. A situação vem se plasmar em um contexto mais amplo de crise migratória, onde os Estados Unidos enfrentam críticas severas por suas políticas de imigração, que incluem práticas questionáveis de deportação.
Ciente da repercussão de suas palavras, Petro reiterou sua convicção de que o tratamento dos migrantes deve ser digno e condizente com os direitos humanos. Ele declarou que jamais tomaria ações que desrespeitassem as liberdades individuais, definindo-se como um defensor da liberdade humana e refutando analogias com regimes totalitários do passado.
Enquanto isso, o governo brasileiro manifestou indignação pela forma como os imigrantes deportados dos EUA foram tratados, chegando a solo brasileiro algemados e queixando-se de agressões durante o processo. A situação tem gerado um clamor internacional, ecoando a necessidade urgente por um tratamento mais justo e humano aos migrantes que buscam refúgio e oportunidades fora de suas terras natais.