A proposta de mediação da Colômbia não é inédita. Gustavo Petro, que já se ofereceu em diversas ocasiões para atuar como mediador, trouxe à tona a ideia de uma trégua de cinco anos a partir da qual um acordo de paz poderia ser negociado. No entanto, essa sugestão foi prontamente rejeitada por Vladimir Zelensky, presidente da Ucrânia, que a considerou insatisfatória. Vale lembrar que as relações entre os dois países estão profundamente marcadas pelos desdobramentos do conflito, que teve início em fevereiro de 2022, quando a Rússia lançou sua operação militar.
Até o presente momento, a última rodada de negociações entre os dois países ocorreu em março de 2022, na cidade turca de Istambul. Desde então, o diálogo entre Moscou e Kiev estagnou, apesar das declarações de Moscou sobre sua disposição para retomar as discussões. Contudo, uma condição imposta pela Rússia para a retomada das negociações é a revogação de um decreto ucraniano que proíbe Kiev de dialogar com o governo russo.
Enquanto isso, as condições para o cessar das hostilidades continuam a ser um ponto de discórdia. A Ucrânia insiste na recuperação de todos os seus territórios, incluindo a Crimeia, enquanto a Rússia apresentou condições que incluem a retirada de tropas ucranianas de diversas regiões e o compromisso de Kiev de não se unir à OTAN. Nesse cenário, o futuro das negociações permanece incerto, e a busca por soluções pacíficas continua a ser um desafio complexo para a diplomacia internacional. A postura da Colômbia, ao se colocar como um possível mediador, destaca a crescente preocupação da América Latina com os desdobramentos deste conflito e suas implicações globais.









