Fundada em 1978 e composta por países que partilham a vasta região amazônica, como Bolívia, Brasil, Equador, Guiana, Peru, Suriname, e Venezuela, a OTCA tem como principal objetivo a coordenação de políticas para a preservação da floresta e de sua biodiversidade. A escolha do antropólogo Martin Von Hildebrand, um respeitado ativista dos direitos indígenas e defensor da Amazônia, para assumir a Secretaria-Geral da organização, ressalta a intenção de trazer uma nova dinâmica ao bloco, que enfrentava dificuldades de funcionamento há meses, principalmente por desavenças com o Peru.
Daniel Prieto, analista político e especialista em ecologia, ressalta que a OTCA é um exemplo de cooperação Sul-Sul, reunindo esforços de diversos países em prol de objetivos comuns. A organização, embora composta por várias instâncias e órgãos, ganha vida nas cúpulas amazônicas, que são momentos cruciais para o avanço das pautas comuns e a definição de estratégias de preservação.
Em 2019, os membros da OTCA assinaram o Pacto de Letícia, iniciando uma série de compromissos que visam fortalecer as ações conjuntas para a proteção da Amazônia. Na última cúpula, realizada em Belém do Pará, Petro surpreendeu ao sugerir a criação de uma “OTAN da Amazônia”, com o objetivo de implementar medidas de segurança militar para proteger a região e estabelecer um tribunal de justiça ambiental para julgar crimes ecológicos.
A OTCA, que é a única organização intergovernamental dedicando-se exclusivamente à Amazônia, busca promover o desenvolvimento sustentável e a preservação do meio ambiente, de acordo com a visão do Tratado de Cooperação Amazônica (TCA) firmado em 1978. Assim, com a nova liderança da Colômbia, espera-se um impulso renovado nas atividades e uma maior colaboração entre os países membros para enfrentar as crises ambientais que afetam esta vital região do mundo.