Apreensão de 93 kg de Cocaína no Porto de Tessalônica Expõe Rotas de Tráfico Internacional
Agentes alfandegários gregos realizaram uma significativa apreensão de cocaína no porto de Tessalônica, no norte da Grécia. A operação ocorreu após a chegada de um navio proveniente do Equador que transportava, oficialmente, um carregamento de bananas. A carga estava destinada à Romênia, e seria entregue por terra, operada por uma empresa francesa. A operação resultou na apreensão de aproximadamente 93 quilos de cocaína, cujo valor estimado nas ruas gira em torno de 2,9 milhões de euros, equivalente a cerca de 17,4 milhões de reais.
A Autoridade Independente de Receitas Públicas da Grécia, responsável pela supervisão das operações alfandegárias, destacou que esta apreensão é mais um caso da tendência crescente de utilização de carregamentos de frutas como disfarce para o tráfico de drogas. Segundo o órgão grego, a droga estava habilmente escondida dentro do mecanismo de resfriamento de um contêiner que, após uma varredura com raio-X, revelou 80 pacotes de cocaína. "Os inspetores apreenderam imediatamente as drogas e o contêiner, entregando-os à polícia. A investigação para rastrear os destinatários das drogas continua", informou a entidade em um comunicado oficial emitido na última sexta-feira, 9.
Este incidente integra uma série de operações semelhantes ocorridas recentemente em diferentes partes do mundo. Em julho, cães policiais no Equador descobriram mais de seis toneladas de cocaína escondidas em um carregamento de bananas com destino à Alemanha. Em março, autoridades búlgaras confiscaram cerca de 170 quilos de cocaína de um navio também proveniente do Equador, enquanto em fevereiro, o Reino Unido registrou a maior apreensão única de cocaína em sua história: mais de 5.600 quilos da droga escondida em bananas.
Especialistas em narcotráfico apontam para a persistente utilização de frutas, particularmente bananas, como meio de contrabandear drogas devido ao seu volume e à frequência com que são transportadas internacionalmente. A Colômbia continua sendo o maior produtor mundial de cocaína, alimentando redes de tráfico que se espalham por diversos continentes e exploram rotas logísticas globalizadas para distribuir a substância.
Essas apreensões reiteram a necessidade de uma vigilância contínua e de cooperação internacional reforçada para desmantelar redes de narcotráfico. As autoridades alfandegárias e policiais permanecem em alerta máximo, empregando tecnologias avançadas e métodos investigativos para interceptar carregamentos ilegais, proteger as fronteiras e reduzir o impacto devastador do tráfico de drogas em sociedades ao redor do mundo.