Entretanto, Marjorie destacou a escassez de verbas destinadas às ações em rios mais amplos, mencionando que somente para manter as hidrovias existentes – sem o aprofundamento dos canais – são necessários cerca de R$ 800 milhões. Quanto aos rios menores, afirmou que foram eliminados obstáculos administrativos, possibilitando que prefeitos retirem materiais dos rios com os recursos e equipamentos disponíveis.
O prefeito de Sapucaia do Sul, Volmir Rodrigues, expressou preocupação com o término do período de calamidade pública e o posterior esquecimento dos problemas enfrentados. Ele ressaltou a situação alarmante das áreas ribeirinhas e a necessidade urgente de investimentos para a desobstrução dos rios.
Durante o evento, o deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) enfatizou o papel do governo na recomposição das receitas municipais afetadas pelas enchentes, além de garantir empregos nas empresas locais. Ele propôs medidas de redução de carga horária e salários, com a contribuição do governo federal para complementação dos salários, a fim de evitar demissões em massa.
O reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Carlos André Bulhões, trouxe à discussão a situação das vias navegáveis no estado, mencionando a redução significativa desse tipo de via desde 1953. Ele salientou a importância da dragagem dos rios, mas frisou que essa ação por si só não será suficiente para prevenir futuros danos. Bulhões destacou a necessidade de ações integradas para conter a força das águas e diminuir sua velocidade, citando também o problema das tubulações de água e esgoto entupidas em Porto Alegre.
Diante das preocupações levantadas durante a audiência pública, fica evidente a urgência de medidas concretas por parte das autoridades para enfrentar os impactos das enchentes e garantir a segurança e o bem-estar da população. É fundamental que os recursos necessários sejam alocados de forma eficiente e que ações preventivas sejam adotadas para evitar tragédias futuras.