A sexóloga e terapeuta sexual Tamara Zanotelli classificou a atitude de Claudia Raia como “perigosa”, mesmo que tenha sido bem-intencionada. Ela ressaltou que, embora o uso de vibradores tenha outros propósitos além do prazer, como recomendação médica em alguns casos, é fundamental considerar a maturidade emocional da pessoa para lidar com a situação.
Segundo a especialista, a adolescência é uma fase de descoberta da sexualidade, e dar um vibrador para uma menina de 12 anos pode gerar confusão e ansiedade, pois ela pode não estar preparada para lidar com o próprio corpo da mesma forma que uma pessoa mais madura.
Tamara enfatizou a importância de abordar a educação sexual com cuidado, respeitando sempre a idade, maturidade e desenvolvimento emocional da criança, para evitar situações desconfortáveis e prejudiciais.
O deputado estadual por Minas Gerais, Cristiano Caporezzo (PL), denunciou Claudia Raia por violar o artigo 241-D do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que trata da exposição de conteúdo inadequado a menores de idade. Ele alegou que a atriz expôs a privacidade de sua filha ao revelar o episódio publicamente.
A notícia-crime feita à Polícia Civil de São Paulo pede a instauração de um inquérito para investigar a conduta de Claudia Raia, sua intimação para prestar depoimento e o encaminhamento dos autos ao Ministério Público. O caso continua gerando repercussão e levantando discussões sobre a educação sexual e as responsabilidades dos pais na formação dos filhos.