Correia alegou que Lopes estaria “relativizando” as “bandeiras e compromissos” do PT, além de receber apoio de entidades empresariais como a Fiemg e a Fiesp. O deputado derrotado ainda mencionou a discussão sobre cortes de gastos no governo federal, acusando Lopes de apoiar um “arrocho fiscal” que limitaria os investimentos em educação e saúde, e o chamando de “atrevido”.
A resposta da assessoria de Reginaldo Lopes à imprensa foi breve, afirmando que o deputado estava ocupado com a luta pela redução da jornada de trabalho, em referência à PEC proposta pela deputada federal Erika Hilton (PSOL). A prefeita reeleita de Contagem e uma das lideranças do PT em Minas Gerais, Marília Campos, também tem se posicionado a favor de um diálogo maior com o centro e criticado o que chamou de “identitarismo” dentro do partido.
O Diretório Estadual do PT em Minas Gerais respondeu que as divergências internas fazem parte da democracia do partido, ressaltando que é com opiniões distintas que o PT conquistou diversas eleições. Sobre o desempenho nas eleições municipais, o diretório destacou que Minas teve o melhor resultado do partido no país, ampliando o número de prefeituras, apesar do resultado aquém do esperado em Belo Horizonte. A disputa entre as alas do PT em Minas Gerais mostra a complexidade interna do partido e os desafios de conciliar diferentes perspectivas dentro da legenda.