O fenômeno da formação estelar em aglomerados que, teoricamente, deveriam ter estagnado esse processo há eons, levanta questões fascinantes. Em galáxias mais jovens, as novas estrelas emergem a partir de nuvens densas de gás interestelar que são tanto frias quanto densas. No caso do aglomerado Phoenix, os pesquisadores estavam incertos se a galáxia central conseguiria resfriar gás suficiente para formar novas estrelas ou se o gás estaria sendo oriundo de galáxias vizinhas de menor idade.
A chave para essa nova compreensão veio da análise realizada pelo Telescópio Espacial James Webb, que permitiu a observação das propriedades do gás em níveis de temperatura intermediária. Esses “bolsões de gás morno” foram, pela primeira vez, mapeados no núcleo do aglomerado, evidenciando que o Phoenix está em um processo ativo de resfriamento e possivelmente capaz de gerar um amplo estoque de combustível para a formação estelar. Essa descoberta não apenas sustenta teorias prévias sobre a dinâmica do aglomerado, mas também revela uma nova fase no processo da formação estelar.
Michael McDonald, professor associado de física no MIT e um dos co-autores do estudo, comentou que, embora a equipe tenha identificado os fatores por trás da formação estelar, ainda é um mistério o porquê desse fenômeno em um aglomerado tão maduro. Esta pesquisa não apenas ilumina aspectos cruciais da atividade galáctica, mas também oferece uma metodologia inovadora para entender sistemas complexos no cosmos, revelando que ainda temos muito a descobrir sobre os mistérios do espaço.